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MUSEOLOGIA, EDUCAÇÃO ETNOGRÁFICA, AMBIENTAL E PATRIMONIAL
Estando-se com o passar dos anos a perder todo o espólio relativo aos usos e costumes das gerações que deram origem e tradição a esta região, e não havendo qualquer casa onde se fosse preservando toda a riqueza relativa à sua história e cultura legada pelos antepassados, decidiu-se elaborar o presente Museu no sentido de colmatar uma lacuna existente em toda a região do Couto Mineiro, através da abertura de uma casa exclusivamente dedicada à Museologia, à Educação Etnográfica, Ambiental e Patrimonial.
DESCRIÇÃO Os objectivos que levaram à realização do presente projecto derivam da necessidade de preservar a cultura relativa aos usos e costumes dos antepassados que com as gerações actuais, têm vindo a cair no esquecimento. Situada no extremo sudoeste da Serra da Estrela, a freguesia de São Jorge da Beira esteve sempre associada à exploração mineira do volfrâmio das Minas da Panasqueira. A sua população activa masculina era maioritariamente constituída por mineiros, enquanto que as mulheres procediam aos trabalhos campestres e de subsistência. Daqui resultaram fortes vínculos, quer sejam gastronómicos, filantrópicos, linguísticos, urbanísticos e arquitectónicos. Neste contexto, consideraram-se reunidas as condições necessárias para a criação de um museu, uma vez que ainda existe uma diversidade de peças que caracterizam o passado e o "modus vivendi" da população da freguesia.
CARACTERIZAÇÃO Tendo a Junta de Freguesia adquirido uma casa construída em 1858, inteiramente edificada em xisto (tanto o exterior como o interior), e situada na rua principal da freguesia, decidiu ser esta casa a indicada para a instalação do Museu. Foi necessário proceder à substituição de madeiras e restauração das paredes, mantendo a traça original. Os equipamentos são constituídos por expositores e vitrines essenciais para a exposição das peças museológicas. Para a exposição de trajes tradicionais foram adquiridos seis manequins, através dos quais se pode apreciar a forma, o feitio e o tecido de como os mesmos eram costurados. Dos visitantes espera-se que apreciem o recheio e a traça do museu e que, no final adquiram algumas lembranças, entre elas postais, livros, quadros e roteiros.
INCIDÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO RURAL Com a criação deste museu estará garantida a continuidade dos conhecimentos culturais, das tradições do povo, da protecção de uma casa que imediatamente identifica os traços arquitectónicos e patrimoniais, dos usos e costumes relativamente à forma como as pessoas viviam, nomeadamente o seu modo de trajar, a sua gastronomia, a pronúncia linguística, para além de todos os outros aspectos ligados às origens da freguesia. Estão também garantidas as condições para a valorização e a revitalização das tradições, do ambiente de trabalho das Minas da Panasqueira, das suas amostras de pedras semi preciosas, cristalizadas e da sua principal fonte de rendimento - o volfrâmio, instrumentos musicais, artifícios, utensílios de cozinha, trajes, alfaias agrícolas, equipamentos mineiros, ferramentas, mobiliários, porcelanas, vidros, moedas, selos, etc. O aspecto inovador deste projecto resulta do facto de na freguesia de São Jorge da Beira, assim como em todo o couto mineiro das Minas da Panasqueira, não existir nenhuma casa com características museológicas que permita identificar as suas origens e tradições. Assim, a criação de uma casa deste género, resulta da necessidade atempada de travar o desaparecimento de todos os utensílios e artefactos que assim poderão ser mantidos e preservados para as gerações precedentes. Mantém-se assim a reactivação de memórias, tradições, actividades práticas, utensílios e produtos locais, numa perspectiva de reforço da identidade local.
Morada: Rua Direita 6225 São Jorge da Beira - Covilhã - Portugal Tlf: (00351) 275 665 204
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